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22 de outubro de 2013

SNCT- 2013


Fórum de Graduação da UFMA debate sobre o ensino na Universidade

A iniciativa é fruto do Programa CIDAdE, que contempla a política de graduação da UFMA

Foto Fórum de Graduação da UFMA debate sobre o ensino na Universidade
SÃO LUÍS - Durante os dias 5, 6 e 7 de novembro, a Cidade Universitária do Bacanga sediará o Fórum de Graduação da UFMA, no Centro Pedagógico Paulo Freire. O evento será um espaço de encontro para discussões sobre o ensino da graduação na Universidade, cuja ideia surgiu da necessidade de se pensar as relações definidoras da qualidade do ensino, agregando debates que surgiram a partir das inquietações de alunos, professores e técnicos-administrativos sobre a atual situação, bem como os desafios e prioridades para o fortalecimento da graduação como lugar de ensino com pesquisa e extensão.
A iniciativa é fruto do Programa CIDAdE, que contempla a política de graduação da Universidade, como afirma a Pró-Reitora de Ensino, Sônia Almeida. “O Fórum de Graduação 2013 é uma das ações do Programa CIDAdE, base da política de graduação pautada na Colaboração com Identidade e com o Discurso Amoroso dEnsino, que a UFMA julga fundamental para tocar a vocação científica e para fortalecer a qualidade do ensino com pesquisa e extensão”, afirma.
A pró-reitora explica ainda que o objetivo do Programa vai além de marcar a expansão da Universidade. “Referimo-nos ao Discurso Amoroso numa perspectiva analítica, o momento em que há um giro no discurso do mestre, quando ele deixa a condição de detentor da verdade e abre para o aluno as possibilidades de ser cúmplice numa procura, num tempo em que as políticas de pesquisa nos dizem que o conhecimento não está pronto, mas a partir do que se produz, temos que caminhar para novas descobertas”, pontua.
Durante os três dias de discussão, a comunidade acadêmica estará reunida em grupos de trabalho, mesas temáticas e plenárias, com o objetivo de discutir e propor novos caminhos para o ensino de graduação.
Entre as propostas e resultados esperados, destacam-se: a Criação do Fórum Permanente dos Coordenadores de Cursos de Graduação e Chefes de Departamento; a Publicação dos relatórios Retratos da Graduação; a Publicação do documento Ensino de Graduação na UFMA: diagnóstico, propostas de ação e prioridades para 2014/2015; Produção de subsídios para reformulação e atualização das normas acadêmicas da UFMA.
A Programação já está disponível e pode ser consultada no endereço eletrônico do evento.

Semana de Ciência e Tecnologia vai destacar esporte e saúde

Ciência, saúde e esporte. Este é o tema da edição deste ano da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), aberta ontem em São Luís. Até sábado (26), estudantes do ensino fundamental, médio, superior, professores e pesquisadores poderão participar de várias atividades e visitar laboratórios de universidades, estandes interativos, salas de jogos, exposições, seminários, oficinas, minicursos, palestras, entre outras. O objetivo é despertar nos jovens o interesse pela ciência. A SNCT acontece na área externa do São Luís Shopping, no Jaracati.
Até o sábado, cerca de 2 mil atividades serão realizadas nos diversos espaços montados para a mostra, que pretende mobilizar, sobretudo crianças e adolescentes, em torno de temas e atividades na área de ciência e tecnologia, valorizando a criatividade, a atitude científica e a inovação. "O esporte é o grande tema da semana deste ano. Por isso queremos trazer temas para a reflexão de quem se dedica à pesquisa científica no estado para que sejam desenvolvidos projetos que melhorem a vida de toda a população", afirmou José Costa, secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
Em Codó a Semana irar ocorrer na UEMA, UFMA e escolas.

21 de outubro de 2013

SNCT comemora 10 anos com saldo positivo para pasta de CT&I

Nos dias que antecedem a 10ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) – evento que ocorre simultaneamente em todas as regiões do País entre os dias 21 e 27 de outubro, e em Brasília (DF), no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade - a reportagem da Agência Gestão CT&I entrevistou o secretário-executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luiz Antonio Elias, sobre a expectativa da feira e o futuro da agenda de CT&I no País com a perda de recursos do fundo social do CT-Petro.

Qual a expectativa do MCTI em relação à Semana Nacional de Ciência e Tecnologia deste ano?
Porque organizar uma semana de ciência e tecnologia no Brasil? Essa é a grande pergunta. O que isso pode representar após 10 anos de um esforço muito grande, não só nessa atividade junto com a sociedade, mas no geral, voltadas para divulgar, disseminar e ampliar a capacidade da ciência no Brasil. É um salto muito grande, um movimento enorme de tornar a ciência uma realidade que pudesse cumprir um papel essencial para qualquer etapa de crescimento do País, que é diminuir a dificuldade e assimetria internas e ampliar a capacidade de conhecimento de uma sociedade.
A expectativa de futuro é muito grande, nesse momento em que a SNCT comemora 10 anos. Vamos ter 28 mil atividades quando, no início, era um décimo disso. São 700 municípios envolvidos com 900 instituições parceiras. E, tratando de uma temática que é central, a saúde. E outra nova realidade é encarar o esporte como um elemento agregador. É muito importante realizar esse movimento para disseminar, ampliar a capacidade de poder da sociedade, e, o que isso pode representar em termos de melhoria para sociedade.
Em 2013 a programação da SNCT apresentará alguma novidade?
Sempre temos novidades. Os estandes são mais modernos, a disseminação da informação foi ampliada e a realidade virtual é cada vez mais forte. E, o mais importante: o vertiginoso crescimento da participação das pessoas, cada vez mais forte, mais efetivo. Em suma, é um evento que cada vez mais agrega pessoas, alunos e qualidade. Esse ano nós inovamos. Teremos atletas que vão disseminar o que a ciência traz para a melhoria de seu desempenho enquanto competidor.
O que faz a ciência, não só em termos de sua saúde, garantindo uma proatividade para responder os desafios que ele enfrenta e, como os instrumentos esportivos que cada vez mais se sofisticam. A ideia é que a gente dissemine cada vez mais essas atividades, mostrando que a realidade da saúde é fator decisivo para o rendimento daquele atleta. E, com a utilização de instrumentos com maior capacidade, que melhorem sua produtividade e adquiram maior performance. Assim teremos mais qualidade no esporte brasileiro, garantindo para o Brasil uma presença mais positiva nas olimpíadas.
Quanto foi investido na SNCT 2013?
É difícil mensurar quanto foi investido. Todos os estados da federação e 700 municípios estão investindo recursos, junto a 900 instituições parceiras. Posso garantir que é um valor alto. Só o Ministério dos Esportes investiu R$ 1,8 milhão. O MCTI mais de R$ 5 milhões, em parceria com a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciência (ABC), além de outras entidades. O Ministério da Saúde está colocando um volume bastante razoável de recursos para operação da SNCT. É um valor crescente. Isso é uma afirmação dessa agenda. A agenda de CT&I é central para um processo de crescimento.
Nesses 10 anos, a ciência, tecnologia e inovação vêm crescendo gradualmente. Pode se observar isso na quantidade da produção científica e no número de mestres e doutores que são formados anualmente. Há uma certa preocupação quanto ao futuro do MCTI, que acabou de perder os recursos do CT-Petro e existem especulações que o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) também será direcionado para o Ministério da Educação (MEC). Isso pode tolher a evolução que a área vem conquistando no Brasil?
Essa pergunta me ajuda a esclarecer alguns fatos. Às vezes porque estão truncados ou não completamente dimensionados. A questão do CT-Petro foi uma decisão do Congresso Nacional, que resolveu investir em duas outras agendas, que também são importantes - educação e saúde. Ao se decidir e tomar esse rumo, a presidenta Dilma Rousseff fez um pronunciamento muito importante em que ela queria inicialmente o valor global em educação, mas já que o congresso também quis incluir a saúde, a pasta acabou deliberando em 75% dos recursos para educação e 25% para saúde.
Os países europeus e os Estados Unidos colocam como tema de diferença para as vertentes que os ajudaram a sair da crise, não só a questão cambial, como sua solução interna monetária, a educação. Sem elas, eles não terão capacidade de responder ao processo maior. Aqui também é assim. A presidenta está certa em agir dessa maneira. Na verdade nós não perdemos o CT-Petro. O governo federal não é hoje um governo estanque. A ciência não está isolada da educação e da saúde. Tem ciência na educação e na saúde.
Os ministros da Educação e da Saúde estão acompanhando a questão laboratorial, que é central para que a gente avance nessa capacidade de conhecimento. O Ministério da Educação se movimenta para apoiar os projetos que o ministério tem na questão laboratorial, de pesquisa científica. Assim como o ministério da saúde, especialmente na parte de testes químicos e pré-quimicos.
Por outro lado a presidenta Dilma confirmou a agenda de C&T. Ela manteve o orçamento para 2014, independente da saída do CT-Petro. Portanto, não perderemos, não teremos diminuição da capacidade de investimentos em 2014. Ela garantiu outra fonte de arrecadação orçamentária pública federal, garantindo recursos necessários para mantermos o mesmo patamar de investimentos.
No Congresso correm boatos de que, numa reforma ministerial, o MCTI viraria um apêndice do MEC. Isso é verdade?
Nunca ouvi. São boatos que ocorrem sempre neste período pré-eleitoral, em razão de alguma posição política. Em concreto, nunca me chegou essa informação pela sociedade cientifica. No dia 16 de outubro mesmo tivemos uma reunião do conselho diretor do FNDCT, que congrega todas as instituições científicas do Brasil e empresarias. Em nenhum momento, nas quatro horas juntos, onde estávamos decidindo o orçamento de 2014, não houve nenhum questionamento a esse respeito. Eu desconheço.
O que o senhor acha da articulação da ABIPTI em prol de melhorias do Sistema Nacional de CT&I?
A ABIPTI é uma grande parceira, tanto que a temos como uma entidade associada para implementar projetos. A preocupação da presidenta, Isa Assef, é importante. Ela realiza um belíssimo trabalho. A estrutura de novos programas e os avanços nas proposições, são bem qualificadas. Essa articulação nos ajuda a disseminar a estratégia nacional de C&T como uma agenda para o País.