Cerca de 100 alunos do ensino médio da escola pública Reitor Ribamar Carvalho chegaram ao aeroporto de Codó na tarde do último sábado (7) empolgados para os experimentos do foguete de garrafa PET, dispostos a mostrar que se envolveram mesmo no projeto deste professor de física.
Para tornar o lançamento possível usaram uma bomba de ar comprimido ligada à uma plataforma construída com canos PVC onde o foguete com água pegava a pressão necessária para subir.
“Isso aqui é a base, é o principal de tudo, isso aqui que segura o foguete, vai lá dá pressão, puxa a cordinha e torcer pra dá certo”, explicou o estudante Silvestre Pereira
O professor César Filgueira, idealizador do projeto, completou.
“É a pressão que é colocada lá na câmara do foguete de combustível através da bomba que injeta o ar, é a chamada pressurização … e isso é que faz ele ter este impulso”, disse
Foram 15 lançamentos, logo virou competição porque alguns conseguiam superar os outros em tempo de voo e distância da queda no chamado lançamento oblíquo, daí a alegria de Ellen Carla Rodrigues que festejou ao vir o foguete preparado pela equipe dela ir mais longe que todos os demais.
“É muito importante esse projeto porque além de reciclar a garrafa PET isso mostra que a escola tem potencial, que o professor tem potencial e os alunos também de fazer projetos que valem a pena”, disse a aluna
“é gostoso demais, é aquele prazer de vitória que a gente trabalhou demais pra fazer agora tá dando certo, bom demais”, concluiu Silvestre Pereira
Um prazer aliado ao aprendizado da física. Apesar da diversão, pra chegar neste momento não teve nada de brincadeira, foi preciso estudar muito segundo professor César, um dos 100 professores do Maranhão a passar, este ano, por uma capacitação realizada na base de lançamentos de Alcântara.
“A dinâmica como um todo, aqui nós temos a questão da apresentação ação e reação que é a terceira lei de Newton, a primeira lei de Newton a inércia, tem uma segunda lei e também a questão da gravidade, é um assunto muito discutido”, justificou
Para a direção da escola representada no evento pelo adjunto Nilton Aprígio e para o idealizador do projeto valeu a pena tirar os alunos da sala de aula.
“quando a gente estuda física muitos alunos têm dificuldade de entender a teoria e quando nós saímos da teoria para a prática a gente ver o que está acontecendo aqui hoje, essa interação, os alunos participando, os alunos contribuindo”, relato Aprígio
“Tô feliz, to realizado, é a missão, é o dever cumprido, me sinto assim como uma criança todo mundo vibrando aí (…) pulando de alegria na hora que o foguete subiu ali”, concluiu professor César que além de ministrar a disciplina física, também é engenheiro mecânico.
Fonte: Blog do Acélio