Disposto a investir na capacitação, Roberto Alves Pereira, 48 anos, fez o curso de horticultor orgânico pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), em Juína, Mato Grosso. Hoje, ele cultiva hortaliças e abastece mercados da cidade. Também pelo Pronatec, Maria Bernadete dos Santos participou do curso de massagem. Agora, tem seu próprio negócio.
Essas são algumas das experiências bem-sucedidas registradas desde a criação do Pronatec, em 2011. O programa já ultrapassou a marca de 5,7 milhões de matrículas.
Roberto Alves Pereira, natural de Dourados, Mato Grosso do Sul, fez a capacitação, na modalidade de formação inicial e continuada (FIC), no câmpus de Juína do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso. Ao terminar o curso, no ano passado, Roberto passou a cultivar, no quintal de casa, uma pequena horta, na qual produz jiló, rúcula, alface, cheiro-verde, cebolinha, couve, tomate e batata-doce. Com os produtos, ele abastece os dois maiores mercados da cidade. “Estou conseguindo um retorno dos meus estudos, de tudo que aprendi”, diz.
Roberto, no entanto, pretende investir mais na formação. Ele está finalizando o curso de alfabetização para jovens e adultos e espera em breve iniciar um de eletricista, no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Roberto acredita que o estudo mudou sua vida para melhor. “O conhecimento traz grandes surpresas”, afirma. “É como uma família que está sempre aprendendo coisas novas.”
Recomeço — Aos 61 anos, aposentada e viúva, Maria Bernadete dos Santos decidiu voltar a estudar, depois de 40 anos. “Eu queria me qualificar e aumentar a renda”, ressalta. Assim, fez o curso de massagista do Pronatec e aprendeu a trabalhar com massagem laboral, reflexologia e shiatsu, técnica oriental de terapia que se baseia na pressão com os dedos ao longo do corpo.Depois, enfrentou com sucesso o processo seletivo para o curso técnico de massoterapia no câmpus de Curitiba do Instituto Federal do Paraná. Ela cursa o segundo ano, mas com o que aprendeu no Pronatec já montou espaço próprio para trabalhar em casa.
Maria Bernadete reconhece que o incentivo dos professores do instituto influenciou sua decisão de crescer cada vez mais profissionalmente e ampliar os conhecimentos. “O curso abriu minha cabeça”, diz. “Desde então, estou conseguindo ganhar meu sustento.”
O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) foi criado em 2011 para aumentar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica, notadamente os cursos técnicos de nível médio e de formação inicial e continuada. O propósito é o de garantir qualificação profissional a estudantes e a trabalhadores.
Ana Júlia Silva de Souza
Matéria republicada com correções
Fonte: MEC