Entre as doenças de importância econômica que
afetam o tomateiro destaca-se a murcha de fusário. Plantas com esta
doença apresentam murcha das folhas superiores, as folhas mais velhas
tornam-se amareladas, os frutos não se desenvolvem, amadurecem ainda
pequenos e a produção é reduzida. O controle da doença é o objetivo da
pesquisa intitulada “Indução de Resistência Como Alternativa de Manejo
Ecológico da Fusariose do Tomateiro em São Luís-MA”, coordenada pela
professora doutora Antônia Alice Costa, da Universidade Estadual do
Maranhão – UEMA.
O trabalho, que tem o apoio da Fundação de
Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico do Maranhão – FAPEMA,
por meio do edital Universal, demonstra a possibilidade do controle da
doença através de uma estratégia de manejo ecológica, gerando
conhecimento básico sobre aspectos bioquímicos envolvidos na defesa da
planta sob condições maranhenses.
“A pesquisa indica que os produtos testados
agem com diferentes mecanismos de indução de resistência em função das
enzimas ativadas, mostrando que a utilização de combinações ganha
importância quanto ao aumento da amplitude da proteção”, revela a
pesquisadora.
No Maranhão, o agricultor familiar utiliza de
forma inadequada grande quantidade de agroquímicos no controle de
fitopatógenos (agentes causadores de doenças nas plantas) principalmente
na cultura do tomateiro, que é muito sujeita ao ataque de doenças. Essa
atividade vem causando impactos ambientais e sociais em todo o estado,
havendo, então, necessidade de se reverter este panorama.
A pesquisa é peça fundamental para alavancar o
desenvolvimento em diversas áreas. Nas áreas das Ciências Agrárias
(Agronomia) não é diferente, pois as doenças em plantas cultivadas
constituem fatores limitantes nos sistemas de produção, ocasionando
perdas consideráveis, ou mesmo inviabilizando o cultivo de determinadas
culturas.
Dessa forma, a pesquisa contribuiu para a
sociedade fornecendo respostas aos produtores, como o uso de indutores
de resistência, caracterizada como medida alternativa no manejo da
fusariose, buscando o desenvolvimento sustentável dentro dos princípios
agroecológicos, que proporciona significativa redução de impactos
ambientais, que os agroquímicos vêm causando ao longo dos anos.
Apoio - O apoio da FAPEMA, segundo a
pesquisadora foi fundamental, viabilizando recursos, que proporcionaram o
desenvolvimento das atividades, cumprindo-se assim os objetivos da
pesquisa, com incremento da tecnologia no sistema produtivo. “Ao mesmo
tempo permitiu o envolvimento de alunos de mestrado, iniciação
científica e bolsistas na modalidade Bati, contribuindo para a formação e
capacitação de recursos humanos para atuarem no nosso estado”, destacou
Antônia Alice.
“A Fapema vem desenvolvendo um excelente
trabalho e através de editais tem proporcionado o financiamento de
projetos de pesquisas em diversas áreas do conhecimento, no estado do
Maranhão, de forma a promover o desenvolvimento científico e
tecnológico, e ao mesmo tempo estimular a formação e estruturação de
grupos de pesquisas. No caso do desenvolvimento desta pesquisa, a
participação da fundação”, completou.
Pesquisa - Com o objetivo de estudar o efeito de indutores de resistência para o controle da fusariose do tomateiro, causada pelo fungo FusariumoxysporumSchlecht f. sp. lycopersici, avaliou-se os produtos acibenzolar-S-metil (ASM), Agro-Mos, Quitosana, Biopirol e óleo de Nim sobre o patógeno, determinando o potencial de inibição do crescimento micelial e da esporulação de F. oxysporum f. sp. lycopersici e sobre a expressão de resistência sistêmica em plantas de tomateiro, a fim de constituírem barreira contra o aparecimento do patógeno.
Fonte: FAPEMA
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