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6 de dezembro de 2013

PROFESSOR INCENTIVADOR DA LEITURA

Existem várias maneiras de incentivar a leitura, ato de grande relevância no contexto escolar, social, econômico entre outros. No entanto, essa prática não tem sido desenvolvida de forma massificada no Brasil, a população não possui o hábito de ler. A leitura é um meio pelo qual qualquer indivíduo tem acesso ao conhecimento, independentemente do tema, pessoas que tem o hábito de ler são mais informadas e mais atentas em relação ao que se passa pelo mundo, além de serem mais politizadas e, dessa forma, exercem a cidadania através do voto de maneira mais consciente.
Em suma, a leitura abre um leque de resultados positivos para toda faixa etária. Diante do quadro negativo quanto à leitura o que se deve fazer é gerar indivíduos com outras perspectivas, os principais agentes que podem modificar essa situação são os educadores. É nos espaços escolares que figura um bom lugar para construir uma consciência acerca da importância de ler, e esse papel dentro da escola cabe ao professor. O professor como incentivador pode atuar desenvolvendo ao decorrer de suas aulas, leituras compartilhadas e leituras Livres.
Leitura Compartilhada: Consiste em realizar uma leitura para toda a sala, ou seja, de voz alta, os alunos que ainda não sabem ler começam a ouvir a linguagem escrita, dividindo assim a leitura com o professor, essa relação já produz um convívio com o ato de ler. Contar histórias todos os dias para os alunos estabelece aos poucos a percepção de que o ato de ler é um hábito do cotidiano, e assim começa tomar gosto pela mesma.
Leitura Livre: Implantar momentos de leitura livre consiste em colocar uma grande variedade de livros e outras modalidades de leituras como gibis, revistas entre outros, no momento em que os alunos estão lendo é interessante que o professor escolha algo para ler, assim servirá de exemplo e dessa forma os motivarão. O professor é um grande formador de opinião, devido a essa aptidão ele pode, a partir das primeiras séries, implantar conceitos de leitura e prática diária gerando leitores ativos.
Por Eduardo de Freitas

PARA OCDE, BRASIL PRECISA AUMENTAR INVESTIMENTO EM ESCOLAS MAIS POBRES

Apesar do avanço no desempenho dos estudantes brasileiros no Pisa 2012 (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), o Brasil continua entre os últimos no ranking de educação de 65 países. Para a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o país precisa investir mais recursos, principalmente nas escolas de áreas mais pobres e com piores resultados, para melhorar a educação.

“O BRASIL AINDA INVESTE MAIS DINHEIRO EM ESCOLAS DE ÁREAS MAIS RICAS”, EXPLICA ANDREAS SCHLEICHER, DIRETOR PARA EDUCAÇÃO DA OCDE. DE ACORDO COM ELE, INVESTIR MAIS DINHEIRO EM ESCOLAS DE PIOR DESEMPENHO DÁ MELHORES RESULTADOS.

Os dados do Pisa 2012 mostram que a educação no Brasil reflete em grande proporção a desigualdade social. “Quem nasce em uma família rica no Brasil facilmente terá um desempenho próximo aos dos alunos de países desenvolvidos, mas quem nasce em uma família pobre terá poucas chances de ter uma boa educação. Muito menos chances do que em outros países”, evidencia Schleicher.
“É preciso investir os recursos de maneira mais equitativa, investir mais recursos na educação básica que na educação superior e atrair os melhores professores para as escolas com maiores desafios“, lista o diretor da OCDE.
O país gasta em média U$S 26,7 mil (R$ 64 mil) para educar uma criança dos 6 aos 15 anos. Esse gasto chega a U$S 83,4 mil (R$ 200 mil) nos países mais ricos da OCDE (entidade que reúne países desenvolvidos).
No exame do Pisa 2012, matemática foi a única disciplina em que os brasileiros apresentaram avanço no desempenho. O Brasil saiu de 386 pontos, em 2009, e foi a 391 pontos –a média da OCDE é de 494 pontos e ficou na 58ª posição do ranking.
Em leitura, os estudantes brasileiros ficaram na 55ª posição do ranking, com 410 pontos frente a 496 pontos da média da OCDE. Em ciências, o Brasil caiu do 53° posto para o 59° lugar, apesar de ter mantido a mesma pontuação (405) –a média da OCDE é de 501 pontos.

MELHORA NA ECONOMIA EXPLICA DESEMPENHO

Entre as explicações para a melhoria no desempenho dos estudantes brasileiros está o aumento do número de jovens de 15 anos matriculados na série escolar adequada à sua idade. Em 2003, havia mais estudantes brasileiros com 15 anos que ainda estavam no 8º ano e 9° ano do ensino fundamental que em 2012. O ideal seria que alunos dessa idade estivessem matriculados no 2° ano do ensino médio.
Com mais estudantes na série adequada, é esperado que seu desempenho no Pisa seja melhor por chegarem ao exame após terem passado por mais séries escolares.
“Essa melhora se deveu na verdade à melhora das condições socioeconômicas das famílias brasileiras. Na verdade, o aprendizado melhorou não porque a escola melhorou. O aprendizado melhorou porque o país como um todo melhorou e isso refletiu na escola”, afirma André Portela, pesquisador da FGV (Fundação Getulio Vargas). “Isso tem um limite. Precisamos também atacar outras dimensões da melhoria do ensino.”
O nível socioeconômico dos pais tem uma forte correlação com o aprendizado dos alunos. Famílias com melhor renda e mais escolaridade tendem a ter filhos que frequentam a escola por mais tempo. Em casa, crianças de famílias com mais renda costumam ter disponíveis mais materiais, como livros, que ajudam na aprendizagem.

4 de dezembro de 2013

Mais de 4,5 mil estudantes de licenciatura participam de evento em Uberaba

Publicada por Coordenação de Comunicação Social da Capes   
Quarta, 04 de Dezembro de 2013 09:55
Teve início na tarde desta terça-feira, 4, no Campus da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), em Uberaba (MG), o 4º Encontro Nacional das Licenciaturas (Enalic) e o 3º Seminário Nacional do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid). Na abertura, a diretoria de Formação de Professores da Educação Básica da Capes, Carmem Moreira de Castro Neves, falou sobre a importância do Pibid, que foi o primeiro programa de formação de professores da educação básica a ser criado no âmbito da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, apesar de a instituição ter sido criada também com este foco, em 1951, pelo educador Anísio Teixeira. "Criado em 2007, ano no qual a Capes passou a ter, por lei, a missão de trabalhar a formação de professores da educação básica, o Pibid só foi de fato retirado do papel em 2009. Naquele ano, foram concedidas 3.088 bolsas e participaram 43 instituições de ensino superior. Hoje, temos aprovados no Pibid 85 mil bolsas e contamos com a participação de 285 instituições. Temos sim, agora, a chance de mudar a formação dos professores", afirmou.
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Participaram da abertura representantes da Capes, o reitor da UFTM, o prefeito de Uberaba e outras autoridades (Foto: L.Adolfo/UFTM)

Carmem Neves falou que o cenário da sociedade atual exige que os docentes sejam formados com elevado grau de complexidade, com boa formação inicial e possibilidades de formação continuada. A diretora, citando palavras de Paulo Freire, falou sobre o que é ser professor. "Ser professor exige segurança e generosidade; exige liberdade e autoridade, não pela imposição, mas pelo respeito; exige ética e estética; exige também esperança, acreditar que a mudança e possível. Não desanimem, por exemplo, com o resultado do Pisa [Programa Internacional de Avaliação de Estudantes] 2012 divulgado esta semana, pois a realidade está aqui para ser modificada e vocês são os agentes dessa mudança", concluiu a professora.
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Diretora da Capes ressalta crescimento do Pibid que partiu de 3 mil bolsas em 2009 para mais de 80 mil este ano (Foto: Elioenai Amuy/UFTM)

O coordenador-geral de Programas de Valorização do Magistério da Capes, Helder Eterno da Silveira, falou sobre o importante papel dos supervisores do Pibid, que são professores de escolas públicas participantes do programa. "Vocês são os protagonistas na formação de professores. A universidade não dá conta, a formação tem que passar pelas redes estaduais e municipais de educação, que conduzem o programa. Hoje vocês nos ajudam a salvar as licenciaturas no Brasil, pela qualidade das ações que têm desenvolvido nas escolas brasileiras."
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Participam do evento, coordenadores, supervisores e licenciandos ligados ao Pibid e estudantes do ensino médio de todo o Brasil (Foto: L.Adolfo/UFTM)

Para o Silveira, o mais importante legado que o Pibid já está deixando nas universidades é o de que a formação de professores não pode ser relegada à segunda, terceira, quarta prioridade. "Que este evento coloque em evidência não apenas o Pibid, mas as diversas políticas de formação de professores existentes, para que elas se articulem em direção ao reconhecimento e crescimento que queremos", disse.
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Emocionada, a professora Marinalva Vieira Barbosa, presidente da comissão organizadora do evento, disse que a não produção do professor é sempre faladas nas universidades, mas que o evento foi programado para que a os professores que estão produzindo possam mostrar seus projetos de objetos educacionais. "O evento do Pibid não pode seguir o formato tradicional de eventos acadêmicos. Precisamos mostrar tudo que está sendo produzido no âmbito do programa. A professora falou sobre a Carta de Uberaba, documento que será feito com proposições ao final do evento e que será entregue a órgãos governamentais que trabalham na formação de professores, como a Capes, o Ministério da Educação e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
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Professora Marinalva falou da organização do evento que necessitou de mobilização de vários atores, tanto da UFTM e instituições da cidade, como de professores de todo o Brasil (Foto: Elioenai Amuy/UFTM)

Já o reitor da UFTM, Virmondes Rodrigues Junior, ressaltou o fato de que o Pibid permitiu que a política de formação dos docentes da educação básica saísse do papel. "Mais dos que estádios, portos e aeroportos, o que marca um país como desenvolvido é a estrutura educacional de seu pessoal. Temos um compromisso na UFTM, que é o de criar um espaço próprio para abrigar as licenciaturas", disse o professor se referido à Casa do Pibid, em criação pela universidade.
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Mais de 4,5 de estudantes, professores e coordenadores do Pibid, além de estudantes do ensino médio, participam do evento (Foto: Elioenai Amuy/UFTM)

Como tema A boniteza de ensinar e a identidade do professor na contemporaneidade, O 4º Enalic tem o objetivo de promover o debate de caráter teórico, crítico e cultural relacionado à constituição da identidade do professor, com ênfase nas complexidades e paradoxos que marcam a realização desse ato na contemporaneidade. O evento que este ano conta com mais de 4,5 mil inscritos, segue com extensa programação até sexta-feira, 6. Acesse o site do 4º Enalic e 3º Seminário Nacional do Pibid.
Pibid
O Pibid é um programa de valorização dos futuros docentes durante seu processo de formação. Tem como objetivo o aperfeiçoamento da formação de professores para a educação básica e a melhoria de qualidade da educação pública brasileira.
O Pibid oferece bolsas de iniciação à docência aos estudantes de cursos de licenciatura que desenvolvam atividades pedagógicas em escolas da rede pública de educação básica; ao coordenador institucional que articula e implementa o programa na universidade ou instituto federal; aos coordenadores de área envolvidos na orientação aos bolsistas; e, ainda, aos docentes de escolas públicas responsáveis pela supervisão dos licenciandos. Também são repassados recursos de custeio para execução de atividades vinculadas ao projeto.
Fabiana Santos